5 funcionalidades da agricultura digital para defensivos
Com os dados gerados pelas plataformas da agricultura digital, a aplicação de defensivos é mais eficiente, trazendo rentabilidade ao negócio do campo.
Um dos maiores desafios do agricultor é ser assertivo no manejo de pragas, daninhas e doenças. Mas, com os dados gerados pelas plataformas digitais, essa missão pode se tornar menos desafiadora e eficiente, o que tende a ser decisivo para a rentabilidade do negócio

As ferramentas digitais podem fazer muita diferença no gerenciamento das aplicações no campo
A pulverização de defensivos agrícolas é fundamental para proteger a planta da infestação de daninhas, pragas e doenças, o que pode ser determinante para o desenvolvimento da cultura.
Mas não basta aplicar o produto na área. É necessário fazê-lo com excelência. “A técnica de aplicação do defensivo agrícola tem como premissa básica colocar um princípio ativo de prateleira no alvo, com a máxima eficiência, usando o menor custo de energia possível e de maneira a não contaminar o meio ambiente”, sintetiza Wagner Justiniano, engenheiro agrônomo do time de desenvolvimento de mercado da Bayer.
Para obter o melhor resultado com a pulverização, uma boa pedida é utilizar-se da agricultura digital. Mas como a inovação pode contribuir com a qualidade da aplicação? Conheça diferentes funcionalidades digitais que ajudam o produtor a superar os desafios dessa operação, minimizando riscos e contribuindo com uma aplicação mais sustentável.
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A agricultura digital trouxe um salto de qualidade à aplicação de defensivos
Antes de conhecer estas funcionalidades, é importante destacar o quanto a agricultura digital foi um divisor de águas na vida do produtor rural ao apoiá-lo diante de um grande obstáculo da produtividade na lavoura: o controle de daninhas, pragas e doenças.
“Até o surgimento da agricultura digital, éramos muito ineficientes na aplicação de defensivos. Muitas vezes, por algum erro na operação ou por não se dispor de muitas informações, colocava-se uma grande quantidade de princípio ativo na área”, comenta o engenheiro do time de desenvolvimento de mercado da Bayer.
Com as informações disponibilizadas ao agricultor pelas diversas tecnologias, softwares e soluções disponíveis no mercado, hoje é mais fácil gerir as operações na lavoura. Ao se lembrar das dificuldades enfrentadas no passado, Justiniano menciona o quanto sempre foi complexo registrar a velocidade do pulverizador nos diferentes talhões da fazenda.
“Agora, com as ferramentas digitais, tenho condição de acompanhar a velocidade e a taxa de aplicação do equipamento em cada metro quadrado da área. Isso ajuda a tomar decisões e a ser mais assertivo nas técnicas de controle.”
Quando não tinha o suporte da agricultura digital para a pulverização, o produtor, via de regra, que definia uma operação “padrão” para os talhões da área, segundo Guilherme Scafi, especialista de engajamento da Climate FieldView™.
“Ele definia uma taxa média de produto e o aplicava na área toda. Essa prática fazia com que talhões que precisassem de mais ou menos produtos não tivessem a quantidade adequada, causando perda de produtividade final ou consumo maior de produtos, o que influencia diretamente no custo”, relata.
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Funcionalidades da agricultura digital que otimizam o desempenho da pulverização
“A agricultura digital ajuda o produtor de diferentes maneiras na pulverização de sua lavoura”, salienta Scafi. Desde o preparo, permitindo a análise de mapas e do histórico da área, até o acompanhamento em tempo real da operação, verificando se está ocorrendo tudo conforme planejado.
Oferece ao agricultor um conjunto de dados confiáveis e com agilidade, o que possibilita decisões mais assertivas. Confira a seguir 5 soluções da agricultura digital que podem ajudar a otimizar o desempenho das aplicações de defensivos agrícolas.
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1) A utilização de drones e aviões na pulverização
Na agricultura digital, o céu é o limite. Inclusive quando o assunto é pulverização. Não é por acaso que drones têm sido bastante usados na aplicação de fitossanitários ao redor do mundo, especialmente na China, onde mais de 30 mil equipamentos deste tipo têm feito aplicações em diferentes culturas.
No Brasil, o uso desta tecnologia ainda está no começo, mas o potencial é grande. “Acho que, em um futuro não tão distante, sua utilização será algo comum e, certamente, trará muitos benefícios”, comenta Scafi.
Para Justiniano, esta tecnologia apresenta inúmeras vantagens, e não só na pulverização. Também como ferramenta para controle biológico e para captura de imagens. Na visão de Alessandra Barreto, gerente de serviços da Coopercitrus, os gastos com insumos são reduzidos em até 80% com o uso de drones na pulverização. Justiniano acredita que a alternativa tende a ser mais viável para pequenos e médios agricultores.
Já para grandes áreas, quando se fala em aplicação aérea, o uso de aviões ainda é mais competitivo, de acordo com ele. E a atuação crescente de uma plataforma digital nas lavouras brasileiras, a Perfect Flight, comprova a competitividade deste modelo de aplicação.
Empresa especializada em gestão e rastreabilidade de pulverizações aéreas, utiliza o Perfect Flight App para gerar relatórios de análises de custos das aplicações, bem como mapas de cobertura e de áreas de sobreposição e erro. Por estarem armazenados na nuvem, esses mapas podem se acessados por qualquer dispositivo com acesso à internet.
Integrada com FieldView™ via Data Inbox, a Perfect Flight permite a importação das camadas de dados geradas na pulverização realizada por aviões. A sinergia entre essas duas plataformas facilita a avaliação da performance da aplicação aérea, uma vez que são inseridas marcações georreferenciadas nas áreas em que a pulverização ocorreu, e é possível correlacionar os mapas de cobertura (aplicação) da Perfect Flight com os mapas do Diagnóstico FieldView™.
Assim, fica mais fácil identificar pontos de variabilidade de biomassa e possíveis efeitos de fitotoxidez na área pulverizada, sendo possível direcionar medidas de correção com a aplicação de fertilizantes foliares e estimulantes.
Além disso, essa parceria ajuda a priorizar as áreas que precisam ser pulverizadas com aviões, utilizando principalmente dados históricos de operações.