Quais são as culturas de verão e seus principais cuidados
Conheça as principais culturas de verão no Brasil e saiba como usar o clima e a tecnologia para planejar uma safra produtiva e eficiente.
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As culturas de verão são, geralmente, cultivadas entre os meses de outubro e janeiro e incluem cultivares de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, entre outros exemplos, incluindo produtos hortícolas, frutas e pastagens.
A escolha dessa cultura deve considerar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e o calendário agrícola. Essas ferramentas definem as janelas ideais de plantio por região, minimizando riscos como veranicos e excesso de chuvas.
O sucesso da safra também depende da adoção de outros cuidados pré-plantio e durante o desenvolvimento da lavoura, como escolha de sementes, análise de solo e manutenção do maquinário.
Além disso, o produtor deve investir em boas práticas de manejo, como controle fitossanitário, uso de coberturas vegetais e adoção de ferramentas da agricultura de precisão e da agricultura digital.
Boa leitura!
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As culturas de verão são aquelas cultivadas, em sua maioria, entre os meses de outubro e janeiro. Elas se beneficiam das condições climáticas típicas da estação, como altas temperaturas e chuvas regulares, que favorecem o crescimento acelerado e o alto rendimento produtivo.
No Brasil, o clima e a diversidade de solos permitem uma ampla variedade de cultivos nesse período, sendo a principal janela de plantio para culturas como algodão, soja, milho e feijão.
Essas lavouras formam a base das exportações agrícolas do país e respondem por uma parcela significativa do faturamento anual de muitos produtores.
Para se ter uma ideia, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetam uma safra recorde de 330,3 milhões de toneladas na temporada 2024/25. Isso reforça a importância econômica dessas culturas para o agronegócio.
Para aproveitar essa janela de alta produtividade e superar os desafios da estação, o produtor precisa fazer um bom planejamento da safra de verão.
Neste artigo, você vai entender quais são as principais culturas desse período, o que influencia as decisões de plantio e quais práticas garantem uma produção mais rentável.
Principais culturas de verão no Brasil
Soja, milho, feijão, algodão, cana-de-açúcar e arroz são algumas das principais culturas cultivadas no verão. Juntas, elas formam a base da produção nacional e das exportações.
Além delas, hortaliças, frutas e pastagens também desempenham um papel essencial no abastecimento interno.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soja lidera esse grupo, respondendo por 49% da produção nacional de grãos.
O milho da primeira safra, normalmente cultivado em sucessão à soja, também tem grande relevância, com projeção de 115,5 milhões de toneladas nesta temporada. Ele atende principalmente à demanda por ração animal e à produção de etanol.
Já o algodão, cuja produção cresceu 14,8% em 2024, é cultivado principalmente na região do MATOPIBA e em Mato Grosso, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores mundiais de pluma.
Importância do calendário agrícola e zoneamento climático
O cultivo das culturas de verão costuma começar com o início do período chuvoso, mas essa não é uma regra fixa. A época de plantio varia conforme diversos fatores, como as características da cultivar, o tipo de solo, a disponibilidade de água, a luminosidade e a temperatura da região.
Por isso, o agricultor deve consultar o calendário agrícola e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para fazer um bom planejamento da safra de verão.
Ambos estão disponíveis gratuitamente e orientam o produtor quanto ao melhor período de plantio, considerando o tipo de cultura, as condições climáticas locais, o solo e o ciclo da variedade escolhida.
Ignorar essas recomendações pode trazer sérios prejuízos, como falhas na germinação, crescimento deficiente das plantas e baixa produtividade.
Por outro lado, ao seguir o calendário e o ZARC, o produtor reduz os riscos climáticos e aumenta as chances de sucesso, otimizando o manejo da lavoura desde o início da safra.
Cana-de-açúcar.
Desafios no cultivo de verão
Apesar do alto potencial produtivo, o cultivo de verão também impõe diversos desafios que podem comprometer a produtividade da lavoura. Isso porque as condições climáticas típicas da estação criam um ambiente propício para o surgimento de vários problemas.
Confira a seguir os principais obstáculos que o produtor pode enfrentar no manejo das culturas de verão:
Condições climáticas adversas, como chuvas em excesso ou estiagens prolongadas;
Altas temperaturas, que aceleram a evapotranspiração e comprometem o desenvolvimento das plantas;
Má gestão da irrigação, que prejudica o equilíbrio hídrico do solo;
Infestação de pragas e doenças, que se proliferam rapidamente com o calor e a umidade;
Erosão do solo, agravada pelas chuvas torrenciais da estação;
Deficiências nutricionais causadas pela lixiviação de nutrientes em decorrência do excesso de chuvas;
Competição com plantas daninhas, que disputam água, luz e nutrientes com as culturas comerciais.
Cuidados importantes para o sucesso das culturas de verão
O sucesso da safra de verão começa muito antes da semeadura. Para garantir uma lavoura produtiva, o produtor precisa adotar vários cuidados nas fases de pré-plantio e estabelecimento da cultura.
Conheça alguns deles a seguir:
Escolha e tratamento de sementes
A seleção correta das sementes impacta diretamente o desempenho da lavoura. Para as culturas de verão, o produtor deve optar por sementes certificadas, adaptadas ao clima da região e com bom potencial genético.
Além disso, é importante investir no tratamento de sementes com fungicidas, inseticidas e inoculantes. Essa prática ajuda a proteger as plântulas nos estágios iniciais de desenvolvimento, reduzindo o risco de ataque de pragas e doenças e aumentando as chances de um bom estabelecimento da lavoura.
Análise e correção do solo
O produtor também precisa investir na análise do solo antes de iniciar o plantio da safra de verão. Essa etapa permite identificar o nível de fertilidade, eventuais deficiências nutricionais e riscos como erosão e compactação.
Com essas informações, o produtor pode elaborar mapas de fertilidade e tomar decisões mais estratégicas sobre calagem, adubação e aplicação de fertilizantes.
Manutenção de máquinas e equipamentos
Operação de colheita de soja.
Máquinas agrícolas desreguladas podem comprometer o plantio, prejudicar a uniformidade da lavoura e gerar prejuízos operacionais. Por isso, é importante fazer a manutenção preventiva e calibrar os equipamentos antes do início das operações.
Boas práticas de manejo para culturas de verão
Após o plantio, o sucesso da safra depende de um manejo eficiente e adaptado às condições da lavoura ao longo do ciclo. Isso exige a adoção de boas práticas que garantam a sanidade vegetal, otimizem recursos e aumentem a produtividade, mesmo diante dos desafios típicos da estação.
Conheça algumas delas a seguir:
Monitoramento da lavoura com ferramentas da agricultura de precisão;
Cobertura do solo com palhada, sombrite ou capim seco, para proteger o solo e as plantas das altas temperaturas e chuvas intensas;
Controle fitossanitário de pragas, doenças e plantas daninhas;
Gestão eficiente da irrigação;
Aplicação de insumos em taxa variável.
Uso de ferramentas de agricultura digital
Além das práticas anteriores, o produtor também precisa usar as ferramentas de agricultura digital como aliadas para melhorar ainda mais os resultados na safra de verão.
Essas tecnologias ajudam a monitorar as condições da lavoura em tempo real, facilitam a gestão operacional, otimizam a aplicação de insumos e ainda orientam o produtor a tomar as melhores decisões para a lavoura.
Uma dessas ferramentas é o software de gestão agrícola, como o Climate FieldView™, plataforma digital da Bayer.
Com ela, o produtor pode armazenar, analisar e integrar dados obtidos de diferentes fontes em um só lugar. Assim, a plataforma pode gerar informações sobre produtividade, plantio, pulverização, entre outros aspectos.
Essa centralização facilita a identificação de padrões e tendências na lavoura. Tudo isso é convertido em relatórios e mapas que ajudam o produtor a melhorar o planejamento e tomar decisões baseadas em dados concretos.
Confira abaixo algumas aplicações práticas do FieldView™ que podem ser usadas na lavoura:
Digitalização de resultados de análise de solo e geração de mapas integrados a outras camadas de dados (produtividade, umidade);
Comparação de mapas para identificar zonas com deficiências nutricionais e planejar adubações localizadas;
Acompanhamento do desenvolvimento da lavoura através de mapas de plantio, pulverização e colheita, sobrepostos em uma única interface;
Utilização de imagens de satélite ou NDVI para detectar estresses hídricos, falhas de emergência ou ataques de pragas;
Criação de zonas de manejo com base em dados de solo, clima e histórico produtivo;
Geração de prescrições personalizadas de sementes e insumos.
Vale lembrar que esses são apenas alguns dos recursos oferecidos pelo FieldView™. A plataforma conta com diversas outras funcionalidades que ajudam o produtor a gerenciar as operações com mais eficiência e a otimizar o uso dos dados da lavoura.
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