Principais pragas da soja: quais são e como combater
Conheça as pragas que mais afetam a soja e veja como o uso de tecnologia pode proteger sua produção e melhorar os resultados no campo.
As principais pragas da soja incluem várias espécies de lagartas, percevejos, ácaros, mosca-branca e corós, que podem ser controladas com o apoio da agricultura digital.
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As principais pragas da soja incluem lagartas (falsa-medideira, Helicoverpa armigera, Spodopteras e lagarta-elasmo), percevejos (marrom, verde e barriga-verde), ácaros (rajado, vermelho e branco), mosca-branca e corós.
Os danos causados por esses insetos variam conforme a espécie. Em geral, essas pragas comprometem o desenvolvimento das plantas, reduzem a produtividade e afetam diretamente a qualidade dos grãos.
A melhor estratégia para prevenir esses prejuízos e reduzir infestações na lavoura é investir no Manejo Integrado de Pragas (MIP) na soja.
O ideal é associar o MIP ao uso de ferramentas da agricultura digital e da agricultura de precisão para mapear infestações, identificar padrões e monitorar a lavoura em tempo real.
Boa leitura!
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A presença de pragas na cultura da soja ainda desafia os produtores e dificulta o aumento da produtividade agrícola. Quando as infestações não são controladas, as perdas podem ser expressivas.
Segundo estudo do a ausência de controle da lagarta Helicoverpa armigera, por exemplo, pode reduzir a produtividade das lavouras em até 40%.
Ou seja, o produtor que não investe em medidas preventivas e no controle de insetos pode sofrer prejuízos, com impactos que se estendem por toda a cadeia produtiva agrícola.
Para evitar esses problemas, ele deve realizar o controle fitossanitário adequado da lavoura. E o primeiro passo para isso é conhecer as principais pragas da soja.
Neste artigo, você vai descobrir quais são as pragas mais comuns na cultura da soja, quais fatores favorecem a infestação e o que pode ser feito para proteger sua plantação.
Quais são as principais pragas da soja?
A soja está sujeita ao ataque de diversas pragas que comprometem a produtividade e a qualidade dos grãos. Conheça a seguir os insetos que mais preocupam os produtores:
Lagartas
As lagartas estão entre as pragas mais devastadoras da soja. Elas reduzem a área foliar, prejudicam a fotossíntese, atacam estruturas reprodutivas e, em infestações severas, podem comprometer toda a lavoura.
Os sintomas e o comportamento da praga variam conforme a espécie. Confira abaixo as lagartas mais comuns:
Falsa-medideira (Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu);
Helicoverpa (Helicoverpa armigera);
Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus);
Complexo de Spodopteras (S. frugiperda, S. cosmioides, S. eridania, entre outras).
Ácaros
Os ácaros são pragas sugadoras que se alimentam da seiva das plantas. O ataque compromete o processo de fotossíntese da planta, provocando desde pequenas pontuações claras até manchas amareladas e queda prematura das folhas.
Com o avanço da infestação, grandes áreas podem ser afetadas, impactando o vigor e a produtividade da lavoura.
As infestações costumam ocorrer nos estágios iniciais da soja e tendem a se intensificar após o florescimento. Os sintomas, assim como a gravidade dos danos, variam conforme a espécie. As mais comuns são:
Ácaro-rajado (Tetranychus urticae);
Ácaro-vermelho (Tetranychus desertorum ou T. ludeni);
Ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus);
Ácaro-verde (Mononychellus planki).
Percevejos
Os percevejos são insetos sugadores que causam sérios danos na fase reprodutiva da soja. Eles se alimentam principalmente das vagens, inserindo seus estiletes bucais na planta para sugar os nutrientes destinados ao desenvolvimento dos grãos.
Isso provoca sintomas como abortamento, redução do potencial germinativo e perda de produtividade. Além dos prejuízos diretos, essas pragas também são vetores de doenças e podem induzir distúrbios fisiológicos, como a “soja louca”.
No entanto, os danos causados na lavoura variam conforme a espécie de percevejo. As mais comuns são:
Percevejo-marrom (Euschistus heros);
Percevejo-castanho (Scaptocoris spp.);
Percevejo-verde (Nezara viridula);
Percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii).
Mosca-branca
A mosca-branca (Bemisia tabaci, biótipo B) é uma praga polífaga, ou seja, capaz de atacar diversas culturas e se adaptar com facilidade a diferentes regiões agrícolas.
Na soja, os maiores danos são causados pelas ninfas, que se alimentam da seiva da planta. Durante esse processo, o inseto libera uma substância açucarada que favorece o desenvolvimento da fumagina (Capnodium sp.), um fungo que se instala sobre as folhas.
Esse fungo forma uma camada escura sobre o tecido vegetal, dificultando a fotossíntese e provocando desidratação, amarelecimento e queda precoce das folhas, sobretudo quando expostas à luz solar intensa.
Além dos danos diretos causados pela sucção da seiva e pela perda de área foliar, a mosca-branca também atua como vetor de doenças virais, comprometendo ainda mais o desenvolvimento da lavoura.
Corós
Os corós são larvas de besouros que atacam o sistema radicular da planta. Eles se alimentam das raízes e, em alguns casos, até dos nódulos responsáveis pela fixação biológica do nitrogênio, processo essencial para o desenvolvimento saudável da soja.
Os sintomas da infestação incluem crescimento lento, folhas amareladas, aspecto murcho e até a morte das plantas, especialmente quando o ataque ocorre nos estágios iniciais da cultura.
Além disso, em infestações tardias, os corós afetam a quantidade e qualidade das vagens e dos grãos, comprometendo a produtividade final da lavoura.
Como identificar as pragas da soja no campo?
Para detectar infestações na lavoura, o produtor deve investir no monitoramento de pragas na soja. Além de permitir a observação de insetos em diferentes fases do ciclo de vida, essa prática facilita a identificação precoce de sintomas associados à presença de pragas.
No entanto, a confirmação da espécie do inseto exige a avaliação de um profissional técnico, como um agrônomo, que possa identificar corretamente a espécie em campo. Em caso de dúvida quanto à identificação, o ideal é coletar amostras para análise em um laboratório especializado.
Como prevenir as pragas da soja desde o plantio?
A principal medida preventiva é o monitoramento constante da lavoura, que deve começar antes mesmo do plantio e se estender até o período pós-colheita. Essa antecipação permite conhecer o histórico da área, mapear focos de infestação anteriores e identificar possíveis riscos futuros.
Essas informações orientam o produtor e o técnico agrícola na tomada de decisões mais seguras e embasadas sobre o manejo.
Isso pode incluir a definição do melhor momento para o plantio e o uso de sementes tratadas, por exemplo, práticas que contribuem para interromper o ciclo das pragas na área.
Como aplicar o manejo integrado de pragas (MIP) na soja?
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma abordagem que combina diferentes métodos de controle biológico, químico, cultural, mecânico e genético.
Ele prioriza a tomada de decisão com base no monitoramento, no histórico da área e no Nível de Dano Econômico (NDE), evitando intervenções desnecessárias e o uso excessivo de defensivos químicos.
Confira a seguir as principais medidas que devem ser implementadas para aplicar o MIP na soja:
Monitoramento constante da lavoura para identificar infestações precocemente, antes que atinjam o NDE;
Identificação correta das pragas, essencial para orientar as práticas de manejo adequadas;
Rotação de culturas, prática preventiva que quebra o ciclo de vida das pragas ao alternar culturas com diferentes espécies hospedeiras;
Controle biológico de pragas, com o uso de inimigos naturais previamente identificados para reduzir a população de pragas;
Controle químico estratégico, com aplicação precisa de inseticidas e rotação de princípios ativos com diferentes modos de ação;
Cultivo com sementes tratadas por TSI (Tratamento de Sementes Industrial), que garante proteção inicial contra pragas de solo e sugadoras nas fases iniciais.
Fatores que favorecem a proliferação de pragas na soja
A ocorrência e o aumento populacional de pragas na cultura da soja são influenciados por diversos fatores, como o clima quente e seco, a época da semeadura, a estratégia de manejo utilizada e a presença de plantas daninhas e hospedeiras na entressafra.
Além disso, o uso inadequado de defensivos e o manejo incorreto dos restos culturais, também favorecem as infestações.
Como a agricultura digital ajuda na prevenção e controle?
O controle das principais pragas da soja exige atenção constante, estratégias bem definidas e decisões baseadas em dados confiáveis. Por isso, a agricultura digital é uma grande aliada na prevenção e no controle dessas pragas.
Essa abordagem oferece tecnologias no campo que garantem precisão e agilidade ao produtor. Assim, ele evita danos que podem comprometer a rentabilidade da safra e a qualidade da produção.
Para aproveitar esses benefícios, o agricultor pode combinar ferramentas da agricultura de precisão, como sensoriamento remoto, sensores agrícolas e drones, com tecnologias como softwares de gestão agrícola para monitorar a lavoura com mais eficiência.
Com o FieldView™, assistente de agricultura digital da Bayer, o produtor centraliza todas essas tecnologias de monitoramento em um único lugar.
Além de integrar e processar dados de diferentes fontes, a plataforma gera mapas e relatórios que permitem acompanhar a lavoura em tempo real e tomar decisões no momento certo. Assim, fica mais fácil produzir mais e melhor, com menos custos.
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