Fase vegetativa: principais cuidados com a nutrição e irrigação das plantas

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Todo produtor sabe que alcançar alta produtividade não depende apenas de boas sementes ou de condições climáticas favoráveis. O sucesso da lavoura começa muito antes, no entendimento das fases de desenvolvimento das plantas, incluindo a fase vegetativa.

Essa fase é o período em que a planta foca na formação de folhas, caules e raízes, acumulando energia e construindo a base que sustentará a floração e a frutificação. Problemas como deficiências nutricionais, estresse hídrico e ataques de pragas podem comprometer o potencial produtivo da lavoura se não forem monitorados a tempo.

Por isso, essa etapa exige atenção especial à adubação equilibrada, ao fornecimento adequado de água e luz e ao controle de pragas e doenças. 

O produtor também pode contar com tecnologias agrícolas para acompanhar o crescimento em tempo real, identificar desvios e tomar decisões baseadas em dados, garantindo plantas mais fortes, produtivas e resilientes ao longo de toda a safra.

Boa leitura!

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Cada etapa do ciclo de crescimento vegetal exige cuidados específicos de manejo. Uma das mais importantes é a fase vegetativa, que forma a base estrutural de todo o cultivo. Ignorar os cuidados nessa etapa pode comprometer a produtividade da lavoura antes mesmo da floração começar.

Por isso, investir em um manejo preciso durante o desenvolvimento vegetativo é uma estratégia inteligente para garantir uma colheita mais rentável. Neste artigo, você vai entender o que é a fase vegetativa, suas principais características e quais cuidados devem ser tomados nessa etapa.

A fase vegetativa é a primeira etapa do ciclo de crescimento vegetal, que começa logo após a germinação da semente e se estende até a planta atingir a maturidade estrutural. 

Nesse estágio, a planta direciona sua energia para o desenvolvimento da estrutura vegetativa (folhas, caules e raízes), ou seja, é nesse período que ocorre o crescimento ativo da lavoura.

Após esse estágio, a planta entra na fase reprodutiva, que envolve a floração, frutificação e formação de sementes. Por isso, nesse período, a planta redireciona seus recursos metabólicos para a produção de estruturas reprodutivas, reduzindo o ritmo de crescimento vegetativo. 

A transição entre essas duas fases é controlada por fatores internos, como a produção de hormônios vegetais (fitormônios), e externos, como o fotoperíodo (duração do dia e da noite) e a temperatura.

Nesse processo, a fisiologia da planta se altera profundamente. Os fotoassimilados produzidos pela fotossíntese, que antes eram destinados ao crescimento das folhas e raízes, passam a ser direcionados para as flores e frutos em formação, que se tornam os principais “drenos” da planta.

O estádio vegetativo é o período em que a planta constrói sua estrutura física (folhas, caules e raízes) e se transforma em uma “fábrica de fotossíntese”, produzindo a energia que sustentará as próximas etapas do ciclo produtivo.

Por isso, durante o crescimento vegetativo, a planta fortalece o sistema radicular, amplia a área foliar e alonga o caule principal. Assim, ela forma uma estrutura que favorece a captação de luz e a absorção de água e nutrientes.

Essa fase também é marcada pela formação de biomassa (acúmulo de matéria seca), resultado da fotossíntese e de uma nutrição equilibrada. Isso é essencial para que a planta acumule a energia necessária para sustentar o processo de floração e a frutificação durante o estágio reprodutivo.

Vale lembrar que, por conta dessa alta taxa de crescimento e metabolismo acelerado, a planta depende de irrigação adequada, nutrição balanceada e temperatura favorável. Qualquer estresse nesse período pode comprometer o potencial produtivo da safra.

A duração dessa fase varia conforme a espécie cultivada, as condições ambientais e o manejo adotado. Em geral, esse estágio pode durar de 3 a 16 semanas, mas em algumas culturas perenes ou de crescimento mais lento, o período pode se estender ainda mais.

Conforme explicado, durante essa fase, as plantas estão em pleno crescimento e apresentam alta demanda por água, luz e nutrientes. 

Qualquer desequilíbrio nesses fatores pode comprometer o crescimento vegetativo, reduzir a formação de biomassa e impactar o potencial produtivo nas fases seguintes. 

Confira a seguir os principais problemas que podem ocorrer nesse período:

• Deficiências nutricionais: a falta de nitrogênio, fósforo e potássio prejudica o enraizamento, o vigor e a fotossíntese. E a carência de micronutrientes (zinco, ferro, boro) pode causar clorose, murcha e baixo desenvolvimento;

• Irrigação incorreta ou estresse hídrico: o déficit hídrico reduz a absorção de nutrientes e a expansão celular. Já o excesso de água provoca falta de oxigênio nas raízes e favorece fungos de solo;

• Iluminação insuficiente: reduz a eficiência fotossintética e causa alongamento excessivo do caule;

• Fotoperíodo inadequado: pode antecipar ou atrasar a transição para a fase reprodutiva;

• Pragas e doenças: plantas jovens são mais vulneráveis a pulgões, lagartas, ácaros e fungos de solo. Eles afetam folhas e raízes, reduzindo a capacidade de fotossíntese e absorção de nutrientes;

• Desequilíbrios de temperatura e umidade: o frio intenso reduz o metabolismo e atrasa o desenvolvimento. Já o calor e baixa umidade causam murcha e queimaduras nas folhas, enquanto a alta umidade favorece o surgimento de doenças fúngicas.

Os cuidados na fase vegetativa envolvem a adoção de medidas que previnem a ocorrência dos problemas típicos desse período e garantem um crescimento vegetal saudável. 

Essas medidas podem ser classificadas em cinco categorias diferentes: nutrição, irrigação, luz, poda e controle fitossanitário. Conheça cada uma delas a seguir:

O manejo nutricional é um dos fatores mais importantes da fase vegetativa. Por isso, o produtor deve garantir o fornecimento adequado de macronutrientes, principalmente de nitrogênio, fósforo e potássio, e micronutrientes, como cálcio, magnésio e enxofre.

Porém, antes de aplicar qualquer adubo ou fertilizante, o agricultor deve investir na análise de solo. Isso permite identificar as reais necessidades da cultura e ajustar a adubação de forma precisa, evitando desperdícios e garantindo o máximo aproveitamento dos nutrientes.

A irrigação na fase vegetativa deve manter o solo com umidade constante, mas sem encharcamento, garantindo oxigenação adequada para as raízes. Por isso, é importante investir em tecnologias de irrigação que permitem ajustar o volume e a frequência da irrigação com precisão, evitando desperdícios e estresse hídrico.

A intensidade luminosa e o fotoperíodo determinam a velocidade de crescimento e o momento da transição para a floração. Culturas sensíveis ao fotoperíodo devem receber atenção especial, já que a redução das horas de luz é o gatilho para o início da fase reprodutiva. 

Em cultivos controlados, o ideal é investir em iluminação suplementar, que pode prolongar a fase vegetativa, aumentando a taxa de fotossíntese e o acúmulo de biomassa.

Durante o manejo do estágio vegetativo, a poda ajuda a controlar o crescimento e a melhorar a distribuição de luz entre as folhas. A remoção de partes sombreadas ou mal posicionadas favorece a aeração, reduz o risco de doenças e direciona a energia da planta para um crescimento mais equilibrado.

O produtor deve investir em medidas de controle fitossanitário durante esse estádio para proteger a ocorrência de infestações de pragas e doenças nas plantas jovens. 

Para isso, o ideal é adotar práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Doenças (MID), como rotação de culturas, monitoramento da lavoura, tratamento de sementes, entre outros.

Durante o estádio vegetativo, cada decisão de manejo impacta o potencial produtivo da lavoura. Por isso, o uso de ferramentas de agricultura digital e agricultura de precisão é essencial para tornar essa etapa mais eficiente, previsível e rentável.

Sensores, drones, plantadeiras automatizadas e softwares de gestão agrícola permitem monitorar o crescimento das plantas em tempo real e ajustar o manejo conforme as condições de solo, clima e umidade. 

Com o Climate FieldView™, por exemplo, o produtor consegue integrar e analisar dados agrícolas coletados de diferentes fontes em um único ambiente. Assim, ele pode gerar mapas interativos, comparar safras anteriores e identificar padrões de desempenho dentro de cada talhão.

E isso ajuda o agricultor a agir com precisão, corrigindo desvios e otimizando o desempenho ainda durante o desenvolvimento vegetativo.

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