Incremento de 11 scs/ha: melhor aplicação de defensivos no controle do azevém impulsiona a produtividade

No Sul do Brasil, o azevém (Lolium multiflorum) é uma das principais plantas daninhas, atingindo culturas como trigo, soja, aveia e milho.

Mas é significativo o impacto do azevém na produtividade desses cultivos?

Em Rio Negro (PR), o agricultor Alisson Ruthes conseguiu responder essa pergunta após realizar dois manejos de herbicidas na lavoura de trigo.

Com o apoio do FieldViewTM, ele mostra a diferença de produtividade entre a área que recebeu aplicação de herbicida específico para azevém e a aplicação normal da fazenda.

Fica com a gente que vamos te contar melhor esta história.

É uma gramínea originária do Sul da Europa e Norte da África e que foi inicialmente introduzida no Sul do Brasil com a finalidade de servir como forrageira.

No entanto, ao longo do tempo, tornou-se uma planta daninha de grande relevância, especialmente em culturas de inverno, como trigo, aveia e cevada, além de soja e milho cultivado na primavera.

Possui sementes de fácil dispersão e grande capacidade de dormência. Lavouras de grãos infestadas por azevém podem registrar perdas que variam de 4% a 56% na produtividade.

Essa planta daninha compete com a cultura do trigo e com outros cereais de inverno por recursos como água, luz e nutrientes, e também interfere no estabelecimento de culturas de verão (soja e milho).

Na propriedade de Alisson Ruthes, a infestação de azevém tem sido um problema cada vez maior.

“É uma planta daninha complicada aqui no Sul. A cultura mais afetada é o trigo, que tem o desenvolvimento e a produtividade afetados. Aqui na fazenda também traz dor de cabeça na fase inicial do milho, o que exige uma dessecação bem-feita”

Mas o prejuízo que o azevém causa à produtividade de cultivos como o trigo justifica o investimento em defensivos específicos para o controle desta daninha?

A resposta é sim! Pode fazer muita diferença na produtividade da cultura ao fim da safra.

Para fazer essa afirmação, Alisson conduziu dois manejos em um talhão de trigo, o que permitiu dimensionar o impacto desta planta daninha na produtividade.

Ele dividiu em duas partes um talhão com infestação do azevém, realizando o mapeamento da pulverização com a plataforma de agricultura digital Climate FieldViewTM. 

1. Em uma parte do talhão, pintada de laranja no mapa gerado pela plataforma, ele aplicou um herbicida específico para o controle de azevém: o Hussar®️, da Bayer – um herbicida seletivo usado em pós-emergência no controle de daninhas que infestam culturas como arroz, cana-de-açúcar e trigo. 
2. Na outra parte do talhão, pintada no mapa na cor azul, ele fez a aplicação normal da fazenda, com herbicida para controle de folhas largas.

Alisson acompanhou a pulverização do talhão pelo FieldViewTM. A plataforma gerou o Mapa de Aplicação, que permitiu verificar se o equipamento realizou a operação conforme planejado, podendo inclusive monitorar a vazão dos bicos de aplicação.

Após a colheita, o produtor comparou, com a ferramenta Tela Dividida, o Mapa de Aplicação com o Mapa de Produtividade e o resultado ficou bem nítido.

A área com aplicação de produto específico para azevém obteve uma produtividade maior de 11 sacas de trigo por hectare.

O resultado desse nosso experimento comprova que aplicar herbicida específico no controle do azevém vale a pena, considerando que o custo do produto é de menos de 2 sacas de trigo por hectare.”

Alisson Ruthes, engenheiro agrônomo e produtor rural

Para a realização deste experimento em talhão de trigo com infestação de azevém, o FieldViewTM teve grande importância. 

“Até poderia ter realizado esse teste sem o apoio da agricultura digital, mas o uso das ferramentas digitais permite ter precisão dos dados”, comenta Alisson.

“Os dados coletados pela plataforma na colheita aumentam nossa capacidade de análise sobre o resultado do experimento. Assim, podemos observar em detalhes a diferença de produtividade entre as duas áreas pulverizadas, nos ajudando na tomada de decisão para as próximas safras”, pontua. 

Segundo ele, utilizar o FieldViewTM permite enxergar melhor os resultados das aplicações em cada região da lavoura. “Assim, podemos fazer o uso mais consciente de defensivos, aplicando o produto certo apenas onde ele é necessário e no volume ideal”, conclui Alisson.